Petrov

Death

segunda-feira, 15 de novembro de 2010


O que falar do Death? É uma das bandas mais importantes da história do metal, e certamente uma das melhores e maiores da história do death metal. Liderada pelo guitarrista e vocalista Chuck Schuldiner, foi uma das bandas pioneiras do death metal, e ao mesmo tempo uma das bandas mais criativas, tendo inovado o próprio gênero que ajudou a definir, quando o mesmo estava em decadência.

Foi formada em 1983, com o nome de Mantas, fazia um som calçado em bandas como Venom e Slayer. Naquela época, a maneira de divulgar o som de uma banda era através de fitas demo trocadas aqui e ali, e foi assim que o Mantas conseguiu divulgar o seu som e crescer um pouco. Em 1984, através da demo Death by Metal, ja era uma das bandas de metal mais promissoras dos EUA.

Apesar disso, o Mantas acabou em 1984, por causa de discussões entre Chuck e os demais integrantes (naquele momento, Rick Rozz, guitarra, e Barney Lee, bateria). O que durou pouco, pois eles se reconciliaram e voltaram com a banda, agora nomeada Death.

Sob o nome de Death, eles fizeram mais algumas demos, dando mais projeção para a banda e fazendo com que ela conseguisse o devido respeito dentro da cena. O que culminou no seu álbum de estréia, Scream Bloody Gore, de 1987. Considerado um dos primeiros álbuns de death metal gravados, recebeu ótimos reviews de revistas e foi muito bem recebido. Era um álbum dos mais brutais possíveis para a época, mesclando a velocidade e a violência típicas do death metal.

O próximo álbum, Leprosy, de 1988, continuava a mesma fórmula do álbum de estréia, porém adcionando um pouco mais de técnica, dada a evolução constante do Chuck como guitarrista. Rick Rozz foi demitido em 1989, antes das gravações do próximo álbum, Spiritual Healing, de 1990. Esse álbum pode se considerar como uma transição: apesar de ainda ser pesado como os anteriores, ele mostrava um Death mais complexo, com arranjos mais trabalhados. É um meio termo do que estava por vir.

Um fato curioso é que no meio da tour desse álbum, em 1990, o Chuck desistiu dela na hora de ir para a Europa, temendo pela desorganização igual a das tour anteriores. Então o resto da banda decice continuar sem ele, colocando 2 roadies no lugar, um como guitarrista e outro como vocalista. O Chuck obviamente ficou puto da vida e foi para a justiça. Resultado: todo mundo demitido, e o Chuck começou a trabalhar só com músicos de sessão, dali em diante.

O próximo álbum, Human, de 1991, mostrava uma banda completamente diferente. Deixando os temas gore e a brutalidade um pouco de lado, agora mostrava arranjos absurdamente complexos e temas que exploram mais o cotidiano e a alma. Mostrou a evolução de uma banda dentro do estilo que ela ajudou a criar. Esse álbum conta com o Sean Reinert e o Paul Masvidal, do Cynic. Se quiser fazer um exercício de imaginação e raciocínio, justo com a ajuda desses dois o Death começou a mostrar uma veia mais complexa, assim como o Cynic. É considerado um dos melhores álbuns do Death, além de ser o mais vendido.

Em 1993, veio outra obra-prima, Individual Thought Patterns. Seguindo o caminho aberto pelo Human, mostra uma técnica incrível, além de letras excelentes, arranjos... tudo perfeito. É o álbum preferido desse que vos fala. :D

Em 1995, surge Symbolic, considerado junto com o Human, o melhor álbum do Death, sucesso de crítica e público. E em 1998, surge a última peça da discografia da banda, The Sound of Perseverance, que mostra um Death completamente experimental e técnico, com menos elementos death que os anteriores, mas igualmente ótimo. O fato é que o Death não têm álbuns fracos; todos são, no mínimo, ótimos.

Ainda em 1998, Chuck estava a compor músicas para outro projeto, voltado para o metal progressivo, chamado Control Denided. No que ele lançou o primeiro álbum desse projeto, ele foi diagnosticado com um tumor no cérebro. Uma notícia absurdamente impactante.

Como a operação era caríssima, e ele não tinha como arcar com as despesas, foram feitas várias doações, de fãs e amigos (é, para quem diz que metaleiro é tudo malvado e burro, isso é uma bela resposta). E também, dois álbuns ao vivo foram lançados, de gravações anteriores, para arrecadar fundos.

Invariavelmente, Chuck faleceu em 2001, deixando um vazio absoluto na cena. Mas deixando um excelente legado. :D

Vou deixar para download a disco completa de estudio + os 2 albuns ao vivo + 2 demos ainda sob o nome Mantas.

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